Não importa de quem, nem quando. Saudade quando chega não bate na porta, nem pede licença para passar: entra. Ou melhor, invade.
Meu coração fica pequenino. Ele se encolhe devido à imensidão da falta. Só sei descrever a dor pontiaguda, no meio do peito, feito uma faca penetrando cada vez mais fundo. Nem me parte ao meio, nem arranca o pequeno coração que me resta. Afunda, afunda... Não chega a ultrapassar a carne, mas é suficiente para tirar meu ar. Quase me tira a vida.
No entanto, eu deixo o tempo passar. Suavemente ou desesperadamente me agarro às orações. Esta noite tenho o som da chuva ao meu favor. Lava minha alma, renova minhas energias... Por favor, reacenda minhas esperanças! Não sei mais quanto posso suportar.
Neste momento nem consolo adianta
Nem canto, nem grito, nem som minha garganta
Pode mais pronunciar.
Não gosto desta dor. Repugnante e doentio o romântico do século XVIII. Só não nego algo que sinto. Tão pouco ignoro. Espero que ao externalizar, eu possa então relaxar e dormir em paz esta noite.
Li
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