Leitores do Mundo ao Meu Redor

terça-feira, 26 de maio de 2009

Teoria dos Lados

"Todo lado tem seu lado
Eu sou o meu próprio lado
E posso viver ao lado
Do seu lado, que era meu"

"E é verdade, também que pouca gente entendeu a teoria maluca do menino maluquinho mas ele ria baixinho quando a saudade apertava pois descobriu que a saudade era o lado de um dos lados da vida que vinha aí.

Agora, vejam se pode uma descoberta dessas!

Só mesmo sendo maluco ou sendo amado demais."

Ziraldo. O Menino Maluquinho. Melhoramentos: 1994. páginas 85-87




Eu tento escrever alguma coisa.
Mas na minha cabeça só vem o seguinte
dentro desse turbilhão de emoções que
esse trecho me provoca. Esse menino foi feliz.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Perdão Você


"Cores imagens
Cores imagens
Cores imagens
Cores
Originais
As flores
Demais
As cores
E mais amores"

Carlinhos Brown e Alain Tavares


Para mim. Perdão para mim. Foram muitos momentos perdidos. Não que há necessidade em recuperá-los. O passado enterrado está. Mas há necessidade em cessar o ato de culpar. Perdoei os erros que pensei ter cometido. Não estou vivendo a 'síndrome de Gabriela' ("Eu cresci assim, eu nasci assim..."). Joguei fora as páginas velhas e meu livro agora é repleto de páginas brancas. Mais que aceitação. Liberdade.
*Foto de Kim Carvalho

terça-feira, 19 de maio de 2009

Ai Que Saudade D'ocê

"Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da sua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu quem mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que não te vejo
Ai que saudade d'ocê"

Vital Farias

terça-feira, 12 de maio de 2009

Todo dia é dia das mães.

O Mundo não é Maternal (Martha Medeiros)

É bom ter mãe quando se é criança, e também é bom quando se é adulto.

Quando se é adolescente a gente pensa que viveria melhor sem ela, mas é um erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco. O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos. O mundo quer defender o seu, não o nosso.

O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro.

Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que a gente ande na moda, que a gente troque de carro, que a gente tenha boa aparência e estoure o cartão de crédito.

Mãe também quer que a gente tenha boa aparência, mas está mais preocupada com o nosso banho, com os nossos dentes e nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a gente fume, que a gente beba. O mundo nos olha superficialmente. Não consegue enxergar através. Não detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento. O mundo quer que sejamos lindos, sarados e vitoriosos para enfeitar ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta. O mundo não tira nossa febre, não penteia nosso cabelo, não oferece um pedaço de bolo feito em casa.

O mundo quer nosso voto, mas não quer atender nossas necessidades. O mundo, quando não concorda com a gente, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não pára para nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa e qual é o nosso grau de instrução, mas não sabe nada dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego. Para o mundo, quem menos corre, voa. Quem não se comunica se trumbica. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. O mundo não quer saber de indivíduos, e sim de slogans e estatísticas. Mãe é de outro mundo. É emocionalmente incorreta: exclusivista, parcial, metida, brigona, insistente, dramática, chega a ser até corruptível se oferecermos em troca alguma atenção. Sofre no lugar da gente, se preocupa com detalhes e tenta adivinhar todas as nossas vontades, enquanto que o mundo propriamente dito exige eficiência máxima, seleciona os mais bem-dotados e cobra caro pelo seu tempo.

Mãe é de graça!
"MÃE Mãe!
São três letras apenas
As desse nome bendito:
Três letrinhas nada mais...
E nelas cabe o infinito.
E palavra tão pequena-
Confessam mesmo os ateus-
É do tamanho do céu!
E apenas menor que Deus... "
Mário Quintana

quarta-feira, 6 de maio de 2009

"Se todo mundo sambasse seria mais fácil viver..."


Em Copa... em uma das entradas do Metrô Siqueira Campos... Grande Chico Buarque! Essa foto eu "roubei" de um álbum de um velho conhecido. Um talento que se esconde por aí... Zuza Zapata. Mais que um músico, ele é um poeta.
"Zuza Zapata nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro e com vinte e dois anos se mudou para a capital para estudar e investir de forma mais efetiva em sua carreira. Influenciado por músicos de várias vertentes como Otto, Lenine, Cazuza, Lobão, Caetano Veloso, Chico Buarque, Mutantes, Zeca Baleiro e Cordel do Fogo Encantado, Zuza Zapata sentiu a necessidade de fazer o máximo de misturas possíveis nas suas músicas e foram com essas experimentações que surgiu o seu primeiro álbum, de sonoridade peculiar, arranjos modernos e muita poesia."
Para ouvir e ver:
E para encerrar esse post, uns versos também "roubados".. Berimbau de Vinícius de Moraes e Baden Powell.
"Quem é homem de bem não trai
O amor que lhe quer seu bem
Quem diz muito que vai não vai
Assim como não vai não vem
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
O dinheiro de quem não dá
É o trabalho de quem não tem
Capoeira que é bom não cai
E se um dia ele cai cai bem"

sábado, 2 de maio de 2009

De uma Flor, Para outra Flor!

Lena,

Palavras nunca vão expressar a beleza de um gesto como esse...

http://luadebarro.blogspot.com/2009/04/para-lili.html

Minha Velhinha Baiana, Viva a Vida!


"No canto do cisco
No canto do olho
A menina dança
e dentro da menina
a menina dança
E se você fecha o olho
A menina ainda dança
Dentro da menina
ainda dança

Até o sol raiar
Até o sol raiar
Até dentro de você nascer

Nascer o que há!"

Novos Baianos
Composição: Galvão & Moraes Moreira