Leitores do Mundo ao Meu Redor

segunda-feira, 9 de março de 2009

Somos todos iguais. Somos tão diferentes.


Tive alguns dias para pensar sobre o assunto, como todos vocês. Mas no primeiro dia esse texto saiu prematuramente com uma urgência de falar. A primeira pergunta que me veio à cabeça é: o que leva alguém a excluir outro alguém? Somos todos diferentes. Esse argumento não vale como resposta por não justificar e porque ao ser olhado por outro ângulo mostra-se como mais um motivo para incluir o próximo.


Ninguém é melhor que ninguém. Graças a Deus. O sentimento de superioridade exclui pessoas. Não vou falar em deficiência física ou mental, idade, sexualidade, cor de pele ou classe social. Essas são características que diferem pessoas, como qualquer outra característica. Eu não vou falar em característica. Vou falar de pessoas; de mim, de você e de qualquer um.



O ser humano possui uma peculiar mania de se agrupar aos seus semelhantes - pessoas com mesmo gosto, com o mesmo hábito e até mesmo os que são apenas do mesmo bairro. Não há nada de errado com isso desde que não se afete o outro através do preconceito. O maior motivador da exclusão social. Preconceito é a regressão da característica que nos distingue de todos os seres vivos. É a racionalidade ao avesso. Estranho ainda ser necessário falar desse absurdo.



Nascemos do mesmo lugar - o ventre de uma mãe. Crescemos. Morremos. Entramos em decomposição. O enredo básico é igual pra todos, assim como os seus direitos e deveres.



Não vou mudar o mundo com esses questionamentos em um texto publicado hoje devido a essa criativa e original iniciativa*. Mas estamos mandando mensagem para no mínimo 190 pessoas. Cada um em um lugar distinto. Com experiências e pensamentos distintos. E creio que o objetivo é que pelo menos estas pessoas reflitam e emitam essa luz de consciência para os que estão no mundo ao seu redor! Respeite o próximo. Somente em respeitar, no sentido holístico da palavra, iniciaremos a concretização da inclusão social.


Quem não pode assumir sua sexualidade sofre desrespeito.
O mais carente que sofre com o frio das ruas sofre desrespeito.
A criança que possui Síndrome de Down e não pode ir à escola sofre desrespeito.
O moço da cadeira de rodas que não tem lugar no cinema sofre desrespeito.


I already made my point.

*"Blogagem Coletiva" - iniciativa da 'blogueira' €ster (http://www.blogger.com/profile/14361828278454465667)

14 comentários:

Helena Erthal disse...

Lili,
A problemática do homem atual se concentra em uma fonte: o ego. Como Osho diz “O ego é o inferno” (“Além das Fronteiras da Mente”), é o que gera o preconceito, o sentimento de superioridade e outros problemas que causam grande parte das rupturas nas relações humanas.beijos

Fatima Cristina disse...

Bonito texto. Estou gostando muito de ler os vários e diferentes posts abordando IS. E como eu sempre finalizo os meus comentários nas visitas desta coletiva...
Espero viver o dia em que o acesso as oportunidades da vida chegue a TODAS as pessoas, com igualdade de direitos e benefícios.
Abraços, Fatima

Mari Amorim disse...

Olá
Agradeço a visita e o comentário,que texto
maravilhoso.Parabéns!
volte qdo quiser e puder
beijos na alma
Mari Amorim

Nina disse...

Ohh Lili, qd eu era menina tinha o mesmo pensamento, eu nao entendi porque algumas meninas se achavam tao melhores que outras, se elas iam acabar, como dizia minha tia, no mesmo buraco que todos os outros seres... acho isso tao, mas tao bobo, que chega até a me dar nausea, sabe?? gente que se acha superior, puxa, como o homem é um bicho besta, viu???

Ricardo Kersting disse...

Oi Lili,
hà alguns anos(não muitos), eu enchia a boca para dizer que não tinha nenhum tipo de preconceito, nem me sentia superior à ninguém...Hoje eu penso que o simples fato de dizer isso, eu já estava tendo uma pontinha de preconceito em relação a algum grupo para o qual eu estava me dirigindo. Acho que esse tipo de sentimento é muito difícil de se estar livre, até penso que ninguém está livre de ser vítima ou algoz, depende muito da circunstância.
Enquanto lia o teu texto, pensava que esse assunto deveria fazer parte do curriculo escolar desde o maternal até a graduação do indivíduo. Ninguém nasce com complexo de superioridade nem preconceituoso, isso se aprende muito cedo. Alguns tornam-se catedráticos na coisa, outros conseguem mudar os seus conceitos e
até valorizam as lições de humildade que a vida lhes dá de graça. Eu confesso que tenho muita dificuldade para determinar às vezes se estou ou não cometendo essas falhas. De vez em quando, acontece uma das "rupturas", como citou a Helena, e aí eu só posso pensar que alguém escorregou no tema, pode ter sido eu! Penso que o pior de tudo ainda são as vítimas que nem se dão conta do que acontece..Pessoalmente eu odeio piadas, que usam pessoas de grupos minoritários como centro da gozação! Um dos grupos que frequentemente é vítima dos gozadores, é o das pessoas com Síndrome de Down..Isso eu chamo de preconceito com requintes de crueldade, infelizmente essas pessoas, na maioria crianças, são vitimadas sem perceberem e continuam amando e respeitando as mesmas pessoas que lhes desrespeitaram. Sofrem muito e nem sabem porque.
Epa!! De novo eu me excedi no espaço, era para ser um comentario.
Abração!!!

Ester disse...

Lili,

sua leitura de mundo é fantástica!

A maneira como abordou esse assunto que mais parece um bordão foi prá lá de original,

simplesmete maravilhosa sua composição!

obrigada por sua brilhante participação na coletiva,

suas idéias vieram somar juntamente com todos os outros que fizeram desse evento uma homenagem a justiça social,

parabéns,

abs,

José Carlos Brandão disse...

Parabéns, Lili. O trabalho contra a exclusão começa em mim, em cada um de nós. Se vou esperar que o outro não exclua, estarei excluindo enquanto isso. Tenho que fazer a minha parte já.
Um grande abraço.

Anônimo disse...

Oi, Lili, gostoso de ler seu texto!! Obrigada pela visita! Beijinhos no coração!

Dani disse...

Olá, vim retribuir a visita. Muito boa a sua abordagem. Parabéns!
Beijinhos!

Mírian Mondon disse...

Oi Lili, obrigada por sua visita, fico feliz que tenha apreciado o Café rs

Tambem gostei muito daqui e do seu texto, parabens pela participaçao inteligente e amorosa!

Abraços!

Dani Zaraya disse...

Adorei o texto...parabéns! Bj.

Vanessa David Justo disse...

Olá, Lili! Obrigada pelo comentário. Seu texto tb é excelente! A questão da suposta "superioridade" é muito atual.
Beijo grande!
Vá.

Paulo disse...

Olá Lili,

Um prazer vir aquí, ótimo seu texto, nada justifica o preconceito, na verdade uma ignorância.

Abços

LiLi disse...

Obrigada a todos pelo carinho em suas leituras!!! :D Nunca fui tão visitada!! ;)