Leitores do Mundo ao Meu Redor

sábado, 6 de dezembro de 2008

Uma Carta

Aprendi que quando a gente convive por muito tempo com alguém, é preciso falar. Falar o que incomoda. Falar que não gostou. Falar que gostou. E principalmente ouvir - essa parte eu acho que é a que eu mais faço. Chega a enjoar. Nem sempre os interesses são os mesmos.
Eu sou muito diferente de você. Muito. Meus talentos e interesses são outros. Não me julgue por isso.

Não me faça mais promessas. Não acredito mais em promessas. Acredito em ações. Acredito em sentimentos. Mas não em promessas.

Você mentiu pra mim. Não foi uma mentira grande. Foi tipo quando a gente conta uma história e depois descobre que não foi nada daquilo. Só que você não voltou pra consertar. E eu acreditei com muita força. Agarrei com todos meus dedos. E descobri sozinha que era uma mentira.
Você não me deixa falar. Suas verdade são ditas com mais força. E eu na minha mais intensa insegurança sempre opto por calar. É mais provável eu estar errada. E realmente às vezes estou; e outras, não.

Só que hoje eu descobri que eu também posso errar. Tenho uma estúpida mania de achar que tenho que acertar sempre, melhorar sempre, procurar estar bem sempre. Faço um puta esforço e dou de cara com o "nem sempre a gente consegue". Depois vem aquele sentimento de fraqueza com derrota. Só que temos que receber um tapinha nas nossas costas como reconhecimento pelo esforço - mesmo quando você mesmo tenha que dar.

Preciso dizer que me sinto só. Sinto que não há ninguém fisicamente ao meu lado nesses momentos.

Hoje minha dor de cabeça é culpa sua. Não há ódio nem raiva nas minhas palavras de hoje. Há verdades. Minhas verdades.

Não queria estar aqui. Mas minhas escolhas têm essa casa como passagem. Sou muito grata à ela. E aos que moram nela. Não há dinheiro no mundo que pague o acolhimento. Por muito tempo não quis falar nada. Pois não me achava no direito de "reclamar". Tudo foi me dado. Mas, infelizmente, não é assim que a banda toca. A gente tem que falar. Se não, quem tá mentindo somos nós. Como falar? Essa foi minha pergunta inicial do dia.

Pensei em falar na lata. Olho no olho. Sabe por que não daria certo? Todas as minhas palavras ficariam gravadas como eternas. Digito nesta página sentimentos do agora para serem lidos e depois virar a página. Não é pra você ficar relendo. E você é do tipo de pessoa que relê e decora todos os versos.

Desculpa. De repente fui muito grossa. Espero que não.

Outro dia continuo.

Só quero terminar com uma frase cantada por Luiz Melodia:
"Tente passar pelo que estou passando. Tente apagar este teu novo engano..."

Um comentário:

Anônimo disse...

q houve? ce ta bem? te amo mto
falta pouco!
bjsss da gorda