Move o morro
Morro de vento, de água do mar.
Sal numa flor.
Flor de Li. Margarida de Li.
Seus pés nos meus.
Sem fim. Há fim.
Só que ninguém sente.
Não quero que guarde meus versos.
Jogue fora as folhas de papel.
Eu só quero que eles caibam nos seus.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Despertar de consciência: viver o agora.
Em um banho alimentando a consciência do agora, ouvi um som diferente. Ao desligar o chuveiro surpreendo-me com um canto macio, de voz cansada. Impecável. Há meses que não escuto seu canto. De repente é como se estivesse com os ouvidos de uma criança.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Os Tufinhos de Cabelo
Eu sei que ele ainda novo largou os estudos e voltou pra casa. Depois disso seu comportamento não foi mais o mesmo. Ninguém classifica as conversas desconexas e intermináveis. Quase paralelas à realidade. Poucos rasgos de consciência.
Com o adoecimento de seu pai, uma mudança. Um rapaz que segue atentamente os conselhos que seu pai lhe dera antes de ser internado. Um cuidado com a mãe diferente. Uma mudança de atitude. Uma nova pessoa. Em sua intimidade, ele guarda um álbum. Esse com fotos variadas de seu pai no leito do hospital. Um novo álbum será feito para registrar a fase de melhoria que se segue agora. Muita saudade a ausência provoca. Uma caixinha pequena guarda um tesouro revelado a poucos: dois tufinhos de cabelo, um seu e outro de seu pai. Talvez assim ele sinta de mais perto a presença ausente que tanto lhe falta.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
E nesse frio que tá lá fora a gente brinca de se esquentar...
Há hora pra fazer nada. Há hora pra fazer tudo. Há hora pra fazer. Há hora pra não ser. Ou ser. Tanto faz.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Uma cena
Uma menina, como eu. Só que ela tem filho.
Uma demissão. Um olhar de lágrimas.
Sei que acontece com muitos. Sei que é muito comum.
Mas seus olhos chorosos olharam nos meus.
Uma demissão. Um olhar de lágrimas.
Sei que acontece com muitos. Sei que é muito comum.
Mas seus olhos chorosos olharam nos meus.
sábado, 4 de julho de 2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
O menino do pijama listrado
Inevitável citar que provavelmente eu tenha vivido em um dos lados dessa cerca; com o pijama listrado ou com o uniforme impecavelmente passado e cheio de condecorações. Com uma estrela com seis pontas ou com um desenho branco e preto feito por cima de um vermelho brilhante.
Marcante no livro é a inocência de um menino alemão rico, filho de um comandante, o protagonista do livro, Bruno. E last but not least, a complexidade singular e impactante de Shmuel, menino judeu que poucos detalhes dá (e sabe) sobre sua condição no Haja-Vista.
O enredo e a época da história não surpreendem. No entanto a construção desses dois personagens é singular. John Boyne pode ser considerado previsível, mas é impossível não perceber a sensibilidade. Não vejo a hora de assistir ao filme.
A amizade. As mãos.
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Certeza
E quando você menos espera, as coisas vão se encaixando.
Cada qual em seu lugar.
Estranha essa coisa que chamamos de vida.
Cada qual em seu lugar.
Estranha essa coisa que chamamos de vida.
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