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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mersault

"'Havia, também,
duas coisas que nunca me saíam da cabeça:
a aurora e o recurso contra minha sentença."
Albert Camus*

Amanheceu em minha garganta.
O Estrangeiro está em mim. Está em todos.
A dialética da transcendência e realidade perpetua.
Impossível estar indiferente?
Chamar de "carência de sentimento" é absurdo.
Só pelo fato de ser humano tenho que demonstrar sentimento?
Tenho que!?
Eu não tenho que nada.
Existencialismo é patético. Não-existencialismo também.
Dar nomes é patético.
Deixa de ser.
Deixa ele ser.
Me deixa.

Mergulhe no mar do vazio. E tome o texto como um convite.
Convite à essência da vida.
O simples viver por viver.

*CAMUS, Albert. O estrangeiro. São Paulo: Círculo do Livro, 1957. Pp 112-113.

3 comentários:

Daniel Savio disse...

Interessante, mas ao pé da letra, se somos seres humanos, deveriamos pelo menos ser mais facil demonstrar sentimentos...

Fique com Deus, menina Lili.
Um abraço.

Ricardo Kersting disse...

Não precisamos fazer o que não queremos só porque alguém quer que façamos, ou só porque carregamos alguma tatuagem ainda quente..
No entanto, aquilo que precisamos fazer devemos a nós mesmos, ou passamos pela vida como meros espectadores.
Beijão

gusta disse...

Lendo Camus só consigo pensar no cavaleiro de ouro de aquário..Acho q teu blog ta mto cabeça pra mim x)