Leitores do Mundo ao Meu Redor

terça-feira, 23 de maio de 2017

22.05.2017

Nessa de me reencontrar
Me devolvo a mim mesma
Recolho meus cacos no chão
Reponho minhas certezas

Não entendo esse mundo
Que me parte em muitas
Preciso ser inteira
Preciso ser quem sou

No tanto que me sufocam
Parecem me encaixar em padrão
Eu assim desloco
Mais um pedaço meu no chão

Não segure minhas rimas
Elas têm seu próprio andar
Nada entendo de suas cismas
Só quero meu caminhar

E assim me liberto
Cada vez mais firmemente
Identifico o movimento
Só assim posso ir pra frente

Direção é o que importa
Mesmo me gritando 'velocidade'
Fique contigo e sua sugestão
Questão de seletividade

Posso ir até amanhã
Reinventando meu caminho
Tenho muito a dizer
Mesmo que seja sozinho

Seguir

Calçar seus sapatos por algum tempo
Sentir na pele o que te dói
Assim num movimento de reverência
Como se diminuísse o espaço entre nós

Em mim a transformação
Daquelas que esclarece a vista um dia embaçada
No peito a vontade de fortalecer
E apagar a lembrança de que fui enganada

Como se ensinassem mais o que não preciso aprender
Leio aquilo que não se diz
Recorto e reescrevo minhas dores, meus ais
Relato que sou mais um aprendiz

A vida e o tempo passam, eu sei
Memórias que ficam nem sempre leio outra vez
Não sei se caminho pra frente ou pra trás
Só sei que ficar parado é insensatez