Leitores do Mundo ao Meu Redor

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Still me...

"Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente. Num amanhã próximo, esquecerei que estive aqui diante de vocês e que fiz este discurso. Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei hoje, mas isso não significa que o hoje não tem importância."


Alzheimer: doença que surge silenciosamente.

"Já naquela época, mais de um ano antes, havia na cabeça dela, não muito longe das orelhas, neurônios que vinham sendo estrangulados até a morte, em demasiado silêncio para que ela os ouvisse. Alguns diriam que as coisas corriam tão insidiosamente mal que os próprios neurônios desencadearam os acontecimentos que levariam a sua própria destruição. Se foi um assassinato molecular ou um suicídio celular, eles não puderam alertá-la para o que estava acontecendo antes de morrerem."

GENOVA, Lisa. Para sempre Alice: quando não há mais certezas possíveis, só o amor sabe o que é verdade. Rio de Janeiro: Fronteira, 2009.

Um comentário:

Ricardo Kersting disse...

Oi Lili.

Há algumas doenças que causam dores físicas, outras causam dor na alma.
A minha começa a doer.
Beijão..