Leitores do Mundo ao Meu Redor

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescerem nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz.

Hoje eu desenho o cheiro das árvores.

Manoel de Barros

4 comentários:

Sandra Costa disse...

bem lindo.
se fosse escrito nos dias de hoje, o final seria menos feliz.

Ricardo Kersting disse...

Oi Lili.
Podemos interpretar de duas formas, ou imaginar que o poeta tem dois sentimentos. Num ele respeita a natureza e sabe que não faz parte dela, noutro pensa ser dono e teme perdê-la.
Beijão pra ti.

Daniel Savio disse...

Aff, por que essa vontade ser uma árvore inerte?

Fique com Deus, menina Lili.
Um abraço.

Helena Erthal disse...

Lili,

Manoel de Barros algum dia existiu como ser humano mas ainda menino, com ajuda da natureza, se transformou num ser poético...Transmutação bem descrita no poema

beijos